Lembra daquele papo que os estudantes estão escrevendo cada vez pior, abreviando tudo para escrever cada vez mais rápido nos instant messengers da vida, ou criando linguagens próprias como o “internetês”, “orkutês”? Pois bem, considere essas percepções um mito. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Standford, dos Estados Unidos, acompanhou entre os anos de 2001 e 2006 um grupo de 189 alunos da universidade, para conferir os desempenhos em redações. Após avaliarem diversas amostras de texto, tanto as publicações em blog, e-mails, papos em chats, quanto as redações acadêmicas, eles descobriram: os estudantes sabem como se pronunciar em cada tipo de mídia, o que significa que sabem ser formais e gramaticalmente corretos quando é preciso. Essa pesquisa ganhou destaque na coluna de Clive Thompson, na revista Wired.
Os pesquisadores constataram que a internet aumentou a necessidade de uma pessoa produzir textos. Antes da era da internet, após a formatura, somente alguns profissionais voltavam a escrever algum parágrafo na vida. Graças à internet, as pessoas precisam se comunicar a todo momento pela escrita.
Além de um aumento na quantidade de texto produzido, foi notado também um aumento na qualidade, uma vez que os alunos entendem os espaços da internet como ideais para expor suas idéias e debatê-las com outras pessoas. E em um debate, é necessário apresentar poder de síntese e persuasão. Essas qualidades estavam presentes nos textos da amostragem e foram apontadas como grandes indicadores de que os estudantes estão escrevendo cada vez melhor graças às novas mídias.
A pesquisa foi conduzida por Andrea Lunsford e seu artigo está disponível aqui.
A pesquisa foi conduzida por Andrea Lunsford e seu artigo está disponível aqui.
0 comentários:
Postar um comentário